quinta-feira, 29 de março de 2012
Resumo da aula 14.03
Caros alunos,
Em algumas aulas fazemos resumos das mesmas ou refletimos sobre o conteúdo. Um desses resumos realizado pelo aluno Célio Silva da turma 1102 foi selecionado pelo entendimento do conteúdo pelo aluno, mas principalmente pela sua visão critica do assunto dado em sala de aula. Parabéns a Célio e esperamos que todos os alunos tenho sempre interesse de participar e pensar criticamente o conteúdo em sala de aula.
Resumo da aula de Ruskin e o Movimento Arts and Crafts dada em 14.03.2012 por Célio Silva.
Ruskin buscou sempre a arquitetura extremamente honesta e verdadeira, em outras palavras "sem mentiras". Por exemplo na casa de Morris, inspirada nas idéias pregadas por Ruskin, é notável o uso de elementos funcionais, tudo que está construído é porque realmente necessário, além disso é exagero e sem necesidade.
A exposição estrutural é um desses fatores de mostrar a verdade, pois não teria necessidade de esconder como é sustentada aquela edificaçõ, de como é estruturado o teto, e interiormente nao escondendo mostrando o que tem por fora será exposto por dentro.
Na edificação usa-se os chamados elementos "puros", o tijolo aparente, a cor pesada da telha, arcos ogivais, vindos do período gótico, tornando a edificação ainda mais verdadeira e expressando a idéia de selvageria.
Resumindo: A busca dessa arquitetura verdadeira e totalmente sem mentiras na nossa época é muito dificil, onde a sociedade contemporânea quer sempre o novo, o moderno, e porque não, o uso de coisas sem necessidade e sem função numa edificação. Trazer essa verdade hoje numa arquitetura que preza a estética e o conceito concreto do belo, é novamente, muito difícil!
Em algumas aulas fazemos resumos das mesmas ou refletimos sobre o conteúdo. Um desses resumos realizado pelo aluno Célio Silva da turma 1102 foi selecionado pelo entendimento do conteúdo pelo aluno, mas principalmente pela sua visão critica do assunto dado em sala de aula. Parabéns a Célio e esperamos que todos os alunos tenho sempre interesse de participar e pensar criticamente o conteúdo em sala de aula.
Resumo da aula de Ruskin e o Movimento Arts and Crafts dada em 14.03.2012 por Célio Silva.
Ruskin buscou sempre a arquitetura extremamente honesta e verdadeira, em outras palavras "sem mentiras". Por exemplo na casa de Morris, inspirada nas idéias pregadas por Ruskin, é notável o uso de elementos funcionais, tudo que está construído é porque realmente necessário, além disso é exagero e sem necesidade.
A exposição estrutural é um desses fatores de mostrar a verdade, pois não teria necessidade de esconder como é sustentada aquela edificaçõ, de como é estruturado o teto, e interiormente nao escondendo mostrando o que tem por fora será exposto por dentro.
Na edificação usa-se os chamados elementos "puros", o tijolo aparente, a cor pesada da telha, arcos ogivais, vindos do período gótico, tornando a edificação ainda mais verdadeira e expressando a idéia de selvageria.
Resumindo: A busca dessa arquitetura verdadeira e totalmente sem mentiras na nossa época é muito dificil, onde a sociedade contemporânea quer sempre o novo, o moderno, e porque não, o uso de coisas sem necessidade e sem função numa edificação. Trazer essa verdade hoje numa arquitetura que preza a estética e o conceito concreto do belo, é novamente, muito difícil!
segunda-feira, 19 de março de 2012
Fichamento do texto A engenharia e a arquitetura do século XIX (Pevsner, N.)
Segue mais um fichamento para formação e divulgação dos estudos dos alunos da disciplina de Teoria e História 2. Esse fichamento trata-se do capítulo 5 (A engenharia e arquitetura do século XIX) do livro de Nikolaus Pevsner. Esse fichamento foi realizado pela aluna Marianna Correia que soube ser objetiva sem perder as importantes sutilezas do conteúdo.
FONTE: PEVSNER, Nikolaus. Os Pioneiros do Desenho Moderno –
De William Morris a Walter Gropius. trad. João Paulo. São Paulo: Editora Martins Fontes,1995.
O século XIX
pode ser considerado como período de formação do movimento moderno, no qual
surgiram três principais vertentes: Morris e o Artes e Ofícios, a Art Noveau e
a engenharia da época.
Produzido em
escala industrial, o ferro passou a ser empregado na substituição de outros
materiais, como madeira e pedra. Inicialmente em Portugal e o resto da Europa,
o uso do material foi mais prático que estético. O emprego estrutural do ferro
foi mais expressivo no interior de fábricas, como a fiação de linho da Firma
Benyon, Bage & Marshall em Shrewsbury, 1796. Houve uma total substituição
da madeira pelo ferro, que fora usado nas vigas e colunas de sustentação do
prédio em alvenaria. Essa idéia logo fora implantada em varias outras fábricas,
mas a estrutura de ferro em si continuava no interior das construções.
Nos Estados
Unidos a estrutura de ferro ganhou as fachadas dos prédios utilitários. O
estilo continuava clássico, e o metal imitava o aspecto de outros materiais.
Tanto nos Estados Unidos quanto na Inglaterra os motivos artísticos ainda eram
predominantemente góticos ou ecléticos.
No interior, porém, onde a preocupação era mais funcional, o espaço
interno ganhava a modernidade do século XX.
Pode-se
considerar que o uso do ferro teve pouca ou quase nenhuma expressão artística
legítima, não fosse a leveza e elegância das pontes de ferro. A primeira ponte
inteiramente de ferro de Abraham Darby em 1777-81 em Coalbrookdale é um
destaque em plasticidade e elegância do novo material. As pontes pênseis também
ganharam espaço no arrojo e na leveza, com menos ornamentações e mais
funcionalidade, em contrapartida do peso clássico. Nas igrejas inglesas o uso
do ferro tornou-se tendência. Colunas e suportes de ferro para vitrais eram
cada vez mais explorados, mas, como sempre, de forma mais prática que estética.
Coube a John
Nash o trabalho em ferro de forma artística. O Pavilhão de Brighton, com uma
escada principal inteiramente de ferro e colunas de cujo topo caem folhas de
palmeira de ferro (1818-21). Foi o primeiro caso de uso do ferro
não-dissimulado em obras dependentes da coroa inglesa. A cúpula de vidro
presente no pavilhão de Brighton, entretanto, não era a primeira de seu modelo.
Em Paris já eram construídas cúpulas desse tipo, que vieram a ser muito usadas
em estufas e edifícios públicos por toda a Europa. O Estilo de Nash, denso e
eclético, entretanto, não surpreendeu tanto quanto a inovação da maior cúpula de
vidro que viria a ser construída.
O mérito em
modernidade e monumentalidade coube a Joseph Paxton, com o Palácio de Cristal,
sede da Primeira Exposição Internacional. A estrutura do pavilhão foi feita
inteiramente de ferro e vidro. O que mais surpreende, porém, é o seu tamanho:
maior que o Palácio de Versalhes, totalmente pré-fabricado e “(...) montado num
prazo miraculosamente curto de dez meses.” (Pesvner, Nikolaus, 1980, pág. 128)
Houveram
polêmicas e críticas afiadas contra a obra de Paxton, mas era inegável o fato
de que ali nascia uma nova arquitetura. Os defensores do novo modelo estético
apreciaram e elogiaram-na como arquitetura do futuro, mas não havia arquitetos
adeptos dessa nova linha de construção. Enquanto isso, vencimento de grandes vãos na combinação de
trabalho estético e engenhoso coube às estações ferroviárias.
Nesse contexto
polêmico, um arquiteto de destaque foi Violet-le-Duc, defensor veemente do uso
do ferro e grande admirador da arquitetura gótica. Em seu livro Entretiens, sua opinião sobre o uso do
ferro ricamente adornado fica bem clara. “Evidentemente não se poderia esperar
mais do que isto de qualquer arquiteto dos anos 60 e 70.” (Pevsner, Nikolaus,
1980, pág. 133)
Foi o talento
e a coragem dos engenheiros que trouxe os trunfos da construção em ferro como
uma nova forma de conceber a arquitetura. A ala das máquinas de Duterte e
Contamin, da Exposição Internacional de Paris de 1889, é um monumento ao ferro,
onde se mostra seu grande potencial plástico e artístico. Para a mesma exposição
coube a Eiffel a construção da maior torre até então construída, a Torre Eiffel
(1889). Monumental, leve com curvas dinâmicas, uma construção inovadora para o
contexto da época, onde, inicialmente, foi muito criticada.
Com a invenção
do elevador e domínio do aço, passaram a ser construídos os primeiros
arranha-céus. Sullivan, com Wainwright Building de St. Louis foi marco na
época, com metal maciço em sua fachada. A partir daí, o concreto inicia a sua
trajetória de volta às construções, e aliado ao aço, substituiria em pouco
tempo o uso da pedra.
O concreto
atingiu sua maturidade em 1897, com a construção da Igreja de Saint-Montmartre,
de Anatole de Baudot. Discípulo de Violet-le-Duc, Baudot trabalha a estrutura
da igreja num ideal fundamentalmente gótico, mas que antecede a complexidade
espacial de grandes arquitetos modernos.
Os problemas
sociais causados pela revolução industrial trouxeram aos arquitetos mais
conservadores uma rejeição de novos materiais e nova arquitetura emergentes. Os
engenheiros, entretanto, levaram adiante as novidades, gerado conflitos
profundos relacionados à forma como via-se a arte na época. “O Artes e Ofícios
manteve a mesma atitude retrospectiva e os engenheiros a mesma indiferença para
com a arte como tal.” (Pevsner, Nikolaus, 1980, pág. 143)
Houveram
também aqueles que defenderam a valorização do artesanato, mas com o proveito
dos novos materiais e tecnologias. Estes formaram o Art Noveau, e uniram-se ao
arrojo dos engenheiros. O século XIX gerou o ambiente propício para o
modernismo: a temerosidade do fim das artes manuais, o surgimento de novas
tecnologias e a Art Noveau. A busca
do equilíbrio e de um estilo correspondente às descobertas e acontecimentos foi
o berço dos movimentos intelectuais e sociais do século XX.
Fichamento do Ensaio sobre a arte de Boulée
A disciplina de Teoria e História da Arquitetura 2 apresenta o primeiro fichamento como resultado da formação da N1. O fichamento do texto Ensaio sobre a arte de Étienne-Louis Boulée, foi realizado pelo aluno Altino Cardoso da turma 1102. Já foram escolhidos mais dois outros textos para publicação também da turma 1102, os fichamentos dos alunos Valdilene e Cleyton Alves. Parabenizo a turma 1102 pelo desepenho e principalmente Altino Cardoso pelo excelente texto.
Arquitetura.
Ensaio sobre a arte. Étienne-Louis Boullée, tradução Carlos
Roberto M. Andrade. Disponível em www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/risco/n2/09.pdf.
Boullée
desde o início mostra-nos com seus argumentos os seus estudos voltados para sua
arte, que não se limita apenas nos estudos dos antigos mestres, ampliando seu
estudo sobre a natureza e consequentemente sobre as formas que ela produz.
Sendo assim, a definição de arquitetura em seu ponto de
vista, não se dá com Vitrúvio e sim pela arquitetura primitiva, pois como diz o
Boullée:
“Nossos primeiros pais construíram
suas cabanas apenas após terem concebido sua imagem. É essa produção do
espírito, é essa criação que constitui a arquitetura.” (Boullée, pág. 99).
Nesse âmbito, ele destaca que “é preciso estudar os meios
de construir solidamente antes de buscar construir agradavelmente” (Boullée,
pág. 99). Essa é a parte essencial da necessidade primária.
Contradizendo o seu pensamento, destaca o pensamento de
Perrault, onde para ele a arquitetura não se baseava na natureza, logo a
denominava uma arte fantástica e de invenção pura. Contudo, François Blondel
tentou rebater esse pensamento, mas seus argumentos não foram suficientes. Pois
Boullée afirma, que os artistas guiados pelo dom da natureza são levados a produzir
a perfeição e serão hábeis à arte.
Segundo o autor, eram poucos os autores que procuravam
aprofundar seus estudos considerando a arquitetura sob os pontos de vista que
pertencem à arte. Com isso, o comentarista de Vitrúvio nos diz:
“A arquitetura exige o conhecimento
das ciências que têm relação com a geometria, com a mecânica, a hidráulica, a
astronomia, em seguida com a física, com a medicina.” (Boullée, pág. 100).
Em contraposição, o autor nos afirma que as ciências e as
belas artes tem relação com a arquitetura considerada como arte, chegando-se a
desvelar a existência e a fonte dos princípios sobre os quais se funda a arte
da arquitetura. Concretizando o seu pensamento, mostra-nos que a admiração
pelas belezas que não tem relações com a natureza de onde o verdadeiro belo
emana, provém apenas de um costume de ver, sem que exista uma beleza real.
A arquitetura para Boullée devia-se igualar a todas as
outras artes como a pintura e a literatura, pois os artistas que a dominam são
livres para seguir seus estudos relacionados aos sentimentos que a natureza nos
proporciona. Pois para ele é fantástico o ideal da pintura, porque nela o
artista pode representar através das tintas, o calor ou o frescor do ar e a
luz, e a literatura que engloba mediante seus textos os nossos sentimentos e
emoções, ambas as artes caracterizam pelas paixões que nos atingem, fazendo-as
entrar em nossa alma. Porém, a arquitetura em sua essência devia-se apresentar
um conjunto de ideais, assim como as outras artes, buscando formas para
despertar sensações agradáveis e de bons sentimentos para o bem estar do homem. Assim ele diz:
“Acredito sim que nossos edifícios,
sobretudo os públicos, deviam ser, de algum modo, poemas. As imagens que eles
oferecem a nossos sentidos deveriam despertar em nós sentimentos análogos ao
uso para o qual esses edifícios são consagrados.” (Boullée, pág. 98).
Para
Boullée, se a arte na arquitetura tivesse atingido a perfeição assim como as
outras artes alcançaram, não se existia divergências em saber se a arte na
arquitetura é voltada para a natureza ou se ela é pura invenção.
quinta-feira, 15 de março de 2012
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